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Sinopse: Marco Vasques nos apresenta nesta obra um álbum de figurinhas. Nele, não há figurinhasdifíceis, todas estão aí, aos montes, ao redor do nosso cotidiano. Nossa crescentedesumanidade é que nos impede de percebê-las. Mais ainda, de vê-las e entendê-las comovidas de pessoas que teriam, em tese, os direitos comuns a todos os brasileiros. Mas elasnão têm, e é isso que o Autor nos mostra ao preencher seu álbum.Não há desqualificação ao falar em figurinhas. Porque as “figurinhas” do Marco sãoelaboradas com uma terceira dimensão: a profundidade. Contos curtos que biografamvidas inteiras, no entanto elas desvelam muito mais do que o texto diz. Elas desnudamnossa miséria social, intensificada de 2016 a 2022, mas que nos segrega há séculos.Vasques soube iluminar retratos dessa dívida vergonhosa. (Amílcar Neves, escritor)

 

Leia o conto Madalena, clicando AQUI:

 

"As pedras existentes nos olhos de Madalena estão cheias de areia, concreto, xepas de cigarro, escarros, toda espécie de lixo e sujidades que rastejam nos chãos das cidades. Suas costas seguram o muro umedecido pela chuva fina. Seus pés exibem meias velhas, sujas e furadas. Ela é um mundo sem lugar nos outros mundos. Quando caminha, carrega a indiferença nos ombros. No seu andar caminha a morte de todos os que a ignoram. As pedras existentes nos seus olhos pesam em minha carne e em meu espírito. Ontem, parei no centro da cidade e beijei os olhos de Madalena. "

 

[trecho do conto Madalena]

Biografias interiores para geografias imperfeitas

SKU: Biografias01
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  • É poeta e crítico de teatro. Mestre e doutor em Teatro pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), com pesquisa em Flávio de Carvalho, e membro da International Association of Theatre Critics. É autor de Elegias Urbanas (poemas, Bem-te-vi, 2005), Flauta sem Boca (poemas, Letras Contemporâneas, 2010), Anatomia da Pedra & Tsunamis (poemas, Redoma, 2014), Harmonias do Inferno (contos, Letras Contemporâneas, 2010), Carnaval de Cinzas (contos, Redoma, 2015), Pássaro sem Matriz (poemas, Rizoma, 2021), entre outros. Ao lado de Rubens da Cunha, é editor do Caixa de Pont[o] – jornal brasileiro de teatro. Em 2020, foi colunista do jornal Folha da Cidade. Atualmente é colunista do Portal Desacato, com dois espaços: coluna escrita quinzenal e programa semanal “Cismos de Arquipélagos”, transmitido, ao vivo, todas as quintas-feiras, às 20h. No teatro, publicou, em parceria com Rubens da Cunha, dois volumes de Fazer o Teatro (entrevistas com atrizes catarinenses) e Teatrodentro - manifestos e críticas teatrais.

  • Literatura: Conto
    Dimensão: 14x21cm
    202 páginas

    *imagens ilustrativas

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